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Sou alguém assim, quase sem definição, nem grande nem pequena, sou do tamanho certo, a minha cor é da cor que o dia me pinta...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

CACOS (escrito em 11/12/2010)

Sinto meu coração bater em cada parte do meu corpo. Me sinto carcaça novamente, sem carne, somente cacos de ossos vidrados no chão frio e quente. Me sinto chorar por dentro, pelo corpo inteiro, minha cabeça parece não suportar embora esteja gigante. Sou alma sozinha vagando na escuridão depois de uma guerra de corpos e carnes.

Sou filha da dor e da separação, sou filha de mim. Sei que sou linda. Sou novamente erva daninha. Preciso dormir, descansar de mim. Estou no limite do meu eu. Sei que preciso arrancar de mim esses pedaços podres, mas a cada dia eles são mais e maiores e tomam meu corpo quase todo. Sou vida sem vida, ar, arte. Sou morta viva em pé. Sou eu de novo com as dores do passado presente. Estou cansada de me ver assim, sem música.

Ontem eu era pisca-pisca, hoje sou lâmpada apagada, sem luz e sem cor.

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