Quem sou eu

Minha foto
Sou alguém assim, quase sem definição, nem grande nem pequena, sou do tamanho certo, a minha cor é da cor que o dia me pinta...

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Adoro (escrito em 01/06/2011)

Adoro seu gosto salgado, seu corpo molhado da água do mar.
Adoro seu jeito manhoso, seu beijo dengoso, seu gosto de ser dengoso assim.
Adoro, adoro mesmo seu peito de pai, seu jeito demais que me encanta e faz feliz.
Adoro seu sorriso de menino.
Seu jeito de falar comigo.
Adoro, adoro mesmo você... e sabe do que mais? Te adoro mais ainda e cada vez mais...

Caderno (escrito em 08/04/2011)

Aqui estou mais uma vez. Mas hoje não vim para falar de mim, falarei de cadernos... sabe gente, eu A-DO-RO cadernos, papéis... coloridos ou sem cor... enfim, sempre que minha mãe cismava de fazer fachina em meu quarto e jogar todos os meus cadernos e papéis no lixo, eu ficava louca, mas o fato é que eles simplesmente me atraem.

Outro dia comprei um caderno, ele é lindo, fofinho, a minha cara... só que fiquei com pena de usar. Passei quase um ano com ele guardado no meu armário. Há três dias iniciei um curso, então resolvi levar o caderno... e pro incrível que pareça, anotando os assuntos referentes ao curso, percebi algo interessantíssimo... que os cadernos escritos, riscados, rabiscados são melhores e muito mais bonitos que os novinhos!

Novelo (escrito em 04/04/2011)

Na subida da ladeira da vida, não sei se rolo ladeira abaixo ou se continuo subindo. E nessa subida (trajetória) vejo alguns já voltando, descendo a vitória da vida, outros desenrolando ou pelo menos tentando desenrolar o novelo que fizeram ao longo da vida, alguns tão embolados que têm até nós cegos, quase impossíveis de desatar, adquiridos através dos erros. São os errantes...

Que então podemos fazer para subirmos somente acertando???

Acho que a vida é composta por acertos construídos erro a erro, dia a dia, vida a vida...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

24 anos (escrito em 04/04/2011)

Aqui estou... ao soar dos meus 24 anos aprendendo (ainda) aos poucos a ser eu... eu sem pontos, dobras, amarras... simplesmente eu e mais nada.

Nada sei, somente sei que aos poucos aprendo-me assim, com gostos, desgostos, sabores e (des)sabores, num sem fim de dores e amores. Descubro-me a cada dia num pouquinho de coisas novas e velhas que me encantam fazendo-se renovadas. Encontro-me assim: cada dia fazendo uma nova descoberta em mim. Sim, aos poucos sou nova também, mas a novidade mesmo é que me faço velha, escrevendo-me nestas linhas.


Laços (escrito em 01/04/2011)

Até os animais choram, se entristecem, sentem a falta de alguém. Diante disso, como não acreditar no afeto, no carinho, no amor. Mais, como não acreditar em vidas passadas e reencarnações. Claro! Se existe um sentimento existe um laço, seja esse laço feito lá ou cá, sim, porque nem todos os laços e nós são feitos ou desfeitos em vidas anteriores, podem também ser feitos aqui nesta existência e perdurar ao longo de outras existências vindouras e quem sabe até perpetuar para todo o sempre, criando recriando, apertando e desatando laços.

Há pessoas que nos fazem tão bem, que esse bem ultrapassa as barreiras físicas, se torna "além vida", um carinho de tocar a alma. Pessoas que preenchem o vazio de uma solidão, mas não é qualquer solidão, é uma solidão específica que só aquela criatura com a sua tênue existência consegue preencher. É incrível! É como se faltasse algo, de repente, encontramos aquela pessoa e pimba! Lacuna preenchida! Acredito eu, são os nossos parentes distantes, explicados apenas pela existência de Deus...

Vai entender a criação divina!

Meu corpo (escrito em 28/03/2011)

No meu corpo não se mantém o mesmo sabor de antes. O olfato há muito também se modificou. O que restou de mim então, se tenho sabores e aromas distintos dos de antigamente?

Viver uma vida toda cheia de novas e mais maduras emoções é um tanto quanto complicado, porém infinitamente mais intenso de sensações boas e ruins, sentimentos inimaginavelmente mais claros, indecifravelmente obscuros e (in)palpáveis. Hoje eu sou alguém que não sei o quero, mas sei que quero alguma coisa.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Faces

Escrevo hoje porque preciso botar pra fora tudo, tudo que está aqui dentro. O vento é um vilão dos meus cabelos vermelhos, loiros, castanhos... mas que fazer se diante do papel sou nua?! Aqui sou eu, sou choro, dor, alegria e todos o meus anseios.

Diante do papel sou cada parte de mim. Aqui sim, estão todas as minhas máscaras, ou será a minha verdadeira face?

Hoje sou diferente por algum motivo, seja ele qual for.

(In)Completo

As luzes da cidade se acendem e dentro de mim algo se apagou. O céu é lilás, as nuvens são rosa quase laranja. O bum acabou, tudo está completo... pedagogicamente falando, psicologicamente, nada ainda se completou. Tudo hoje é início e fim e no entanto, só depende de mim...

Todo dia

Todo dia o dia não passa, a hora não para, o dia não anoitece, o sol não dorme, não escurece.
Todo dia sinto esse aperto no peito, esse gelo na mão, esse medo no estômago.
Todo dia o coração pede mais um pouco do aconchego do seu peito perto do meu leito feito pra dormir.
Todo dia sinto, sinto muito a sua falta. Todo dia. E todo dia, o dia todo meu peito chora de saudade de ti.
Todo dia abro meu peito/jardim e colho flores só pra ti jasmim. E todo dia meu pulso pulsa e meu orvalho chora, só por ti.

Sonhos (escrito em 24/03/2011)

E por que não sonhar sonhos pequenos? E por que não construir primeiro a convivência? Melhor, por que não formar primeiro o embrião do amor...

De que vale sonhar com lindos casarões, bela mobília quando a felicidade está única e exclusivamente dentro de nós...  agora te pergunto: o que nos basta para sermos felizes além de nós mesmos?

Só sei que ainda estou pela metade... (12/03/2011)

Estou morta. Ao menos aqui, aqui dentro desta sala sou tão defunta quanto os corpos habitantes do cemitério. Aqui, definitivamente, não é meu lugar. Eu não sou questionada, porém questiono-me constantemente sobre quem sou e o que de fato estou fazendo aqui.

Sei que estou em construção como todos aqui, porém, é aqui mesmo que construo-me e construindo-me assim continuo completamente incompleta.

E a metade que me falta? Está vagando no mundo das idéias, como eu vagando em vida, sem vida, sem nada, apenas com as mãos no bolso, sem lenço e sem documento (como diz Caetano Veloso em sua música) pelo mundo afora, melhor, Ibititá afora. Sem porta para sair de dentro de mim e mostrar-me ao mundo. Sendo quem sou.

10/03/2011

Estou disposta a  mudar a pele se necessário for. Estou disposta a mudar a cor dos olhos, do cabelo e até da vida, mas jamais, jamais mesmo mudarei o que sou. Não por você... não por nós dois...

Fosco brilho (escrito em 04/03/2011)

É incrível como consigo conversar com as árvores e a forma como elas entendem a minha alma. A cada dia que passa percebo como a vida se torna complexa nas relações mais simples.

Acho que ainda não aprendi a administrar a minha vida, as minhas relações, ações e sentimentos. Me sinto irritada por isso. Na verdade me sinto derrotada pelo gigante que há dentro de mim. Hoje estou em desarmonia comigo. Por que razão não sou simplesmente como a natureza... hoje me falta algo bom... talvez continue faltando Deus nos meus gestos... 

Gostaria muito de não me importar... 

Conheço algumas pessoas que vivem a morte em vida. São defuntos vivos na verdade. São pessoas sábias, inteligentes, experientes, porém se deixaram ser assassinadas por um acontecimento exclusivo da vida, pessoas que perderam o estímulo de viver. Isso me angustia demais.

São pessoas realmente admiráveis, mas que se limitaram a pegar uma esponja de aço e esfregar todo o brilho que existia em suas vidas, em seus olhos. Morreram suas vidas, morreram de dor, de amor...

Janela (02/03/2011)

Do parapeito da janela vejo a natureza acontecer, vejo as folhas brotarem, as flores desabrocharem, as borboletas a voar sobre essas flores e plantas e aromas e amores.

Sinto o perfume que exala da natureza, melhor, do aconchego do vento que me embala na escrita dos meus sentimentos. A escrita floresce dentro de mim com suas flores, galhos e frutos... doces, amargos, azedos...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Urgência, saudade... (escrito em 23/02/2011)

O tempo urge tantas coisas e detalhes tão grandes dessa existência que não sei que resposta dar a quem, se a mim ou aos outros e simplesmente me perco nas entrelinhas de minha própria história, me perco nos trilhos do meu trem sem luz num túnel qualquer da vida.

As lágrimas (in)contidas estão dentro de mim prestes a eclodirem em gritos desafinados de dor e angústia profunda. Me vejo em S, em F, e nele que partiu à pouco. Ele que já tem saudades de nós, mas não sabe como voltar porque o caminho se perde a cada passo dado ao infinito.

Eu sei, sou tristeza, enquanto tantos são felizes, infelizes, eu sou apenas a tristeza de sua falta, de sua ausência nua e crua. Sou frio nas noites quentes sem você ao meu lado. A casa se faz vazia e infinita de saudade e apego do seu aconchego bruto.

Faces (escrito em 13/02/2011)

Cada cliente minha é uma face de mim. Poucas vêem a minha verdadeira face, mas de quando em vez me mostro a alguém e quase todas as vezes, me decepciono ao me ver.

Às vezes me sinto mentirosa em relação à face que se mostra, mas quem não se sente... porém, cada cliente vê de mim uma face diferente. Também eu, ao me olhar, vejo em mim uma nova face, desconhecida até então. Cada face me mostra algo diferente em mim e me completa de alguma forma, boa ou ruim.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sabor (escrito em 11/02/2011)

Hoje eu quero dar sabor à minha vida, como diria Cássia Eller, sabor de fruta mordida, de boca beijada, de carinha amassada de dormir no colo do bem amado. Quero dar sabor de quero quero e quero mais. Sabor de calça folgada assistindo filme no sofá esperando o marido chegar pra fazermos juntos o jantar.

Quero sabor de violeta, cabelo desgrenhado, quero de novo o sabor de ser eu, de viver eu. Sabor de mulher beijada na testa e no coração.

Cigarro (escrito em 10/02/2011)

Cada retorno é uma partida. Cada chegada, uma despedida... que ironia essa vida. Quanta tristeza na chegada e emoção na despedida.
Sinto falta do cigarro sentado no sofá, na porta, dele deitado na cama. As cinzas agora, fazem do seu corpo um cinzeiro vivo, quase sem vida. Seus olhos já nem abrem mais de dor e pedem o silêncio dos seus gritos e gemidos. Pede o gelo no corpo e a morte no ventre. Só pede e chora e sente. Não mente, partir é tão dolorido quanto ficar, principalmente quando se parte assim...





...tão lentamente...

Passado (escrito em 08/02/2011)

Gostaria de ser tudo que falo, gostaria de ser as verdades que digo e não as mentiras que sou. Gostaria de ser um futuro brilhante, mas não me abandona o passado, passado passado, pesado passado. Ele não se despede de mim e me sonda como uma sombra. Me acompanha, me segue e não me larga, faz de mim o que quer com seus versos e inversos infinitos e parece que infinito-me neles também.

Sem passado jamais seria quem sou hoje e jamais me tornaria futuro assim tão mágico como sou. Enterrá-lo hoje, torna-se quase impossível diante de tal circunstância. Sou completa somente se for composta de passado, presente e talvez, sim, porque o futuro é um "se", um "quem sabe" e um (in)constante "talvez", sem pontos e vírgulas, apenas reticências...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O céu, as plantas e as flores são algo que me inspiram. O vento beija-me neste instante sem palavras. Algo lindo acontece nas entrelinhas de mim. Algo cintilante como a cor das estrelas. As nuvens no céu me atraem, nos atraímos mutuamente como amantes ao luar.

Meus sonhos estão todos jogados ao vento, apenas ao vento, sem voz, sem paixão, apenas ao vento, inodoro vento cintilante.

Cinza (escrito em 08/02/2011)

O mundo olha cinza pra mim hoje. As cores sumiram do meu olhar. Gostaria de ver um mundo vermelho hoje, vermelho como o amor, ou rosa talvez, como tudo de bom que há em mim. Gosto das cores, mas existem pessoas que podem se pintar de um infinito de cores que mesmo assim seu mundo é cinza e inodoro, sem cheiro algum de flores, pior, sem cheiro algum.

Jardins ou Chiqueiros? (escritos em 07/02/2011)

Existem pessoas que são tão certinhas, tão certinhas que não erram jamais. Existem pessoas tão erradas que fazem da vida um erro constante, mas que de vez em quando ainda acertam.

A vida é assim, cheia de altos e baixos, erros e acertos, talvez até mais erros que acertos. Todos costumamos errar, porém, onde se encontram os acertos? E os erros? que fazemos deles? Onde plantamos as flores da nossa vida... nos jardins, ou nos chiqueiros?

A. D. (escrito em 03/02/2011)

Sua escrita é como um bebê, sublime, suave, frágil, delicado, porém se torna deliciosa como biscoito recheado e coberto de chocolate, melhor, parece pão de mel, úmido por dentro.

Você é uma flor nascida nos meus campos selvagens. Flor bela, delicada e forte como aço, suportou os meus mais ferozes ventos, não se abalou e nem se arrancou dali. Você nasceu do fogo e do aço e em mim se tornou borboleta saltitante que pousou no meu ombro e me fez repousar num sono de conforto... e porque não dizer aconchego...

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sua razão e sua paixão são o leme e a vela de sua alma navegante. Se um dos dois quebrar, você pode adernar e ficar á deriva ou ficar imóvel no meio do mar. Porque a razão, reinando sozinha, restringe todo impulso. E a paixão, deixada a si é fogo que arde até sua própria destruição.
Deve existir algo extranhamente sagrado no sal: está em nossas lágrimas e no mar...
Khalil Gibran

Escuridão

Escuridão é algo que me faz refletir sobre os cegos e suas dores. Sobre a alma e seus abismos. Sobre Deus e o homem.

A justiça à luz da esuridão é injusta e continua sendo, à sombra do sol mais brilhante. No escuro somos apenas um vulto ou nada, talvez nada mais que um toque, apenas um toque de conforto e segurança.

Vela (escrito em 03/02/2011)


As luzes se apagaram e as velas se acenderam dentro e fora de mim, e me mostraram à sua luz o quanto ainda sou pequena diante do universo no qual estou inserida.

A minha vida é apenas uma vela acesa que a qualquer momento pode ser apagada por ele, por mim, po eles... enfim. Sou apenas a chama de uma vela qualquer iluminando a minha vida e a de tantas outras pessoas ao meu redor.

Gostaria de iluminar muito mais, mas não posso, sou apenas uma vela e sua pequena chama...

Licor (escrito em 02/02/2011)

Estou aqui sentindo raiva de mim mais uma vez. Por que tantas vezes tenho que errar? Por que a vida tem que ser esse constante ciclo do qual não consigo sair? E por que tenho que estar presa nele? Ah... se eu pidesse vomitar tudo que sinto.

O desequilíbrio, que é esse elemento, indivíduo abusado que me toma por hora? Por que as lágrimas insistem em brotar? Chega! Chega de dor! Quero amor! Amor e nada mais. Chega de palavras mal-ditas, de frases mal resolvidas, de vida sem licor, o licor do amor e da paz!

Vida/Morte (escrito em 31/01/2011)

O que é a vida? A quantas vidas temos direito? E a morte? Ainda prefiro acreditar que a morte nada mais é que um portal para uma forma de vida diferente e desconhecida. A cada dia que passa percebo que a morte na verdade s torna o nascimento para uma nova vida, uma vida mais plena de saberes, de informações sobre nós mesmos.

Ontem percebi o quanto já fui pequena e o quanto ainda sou, o quanto em mim ainda só é grande o egoísmo. Como ainda sou pequena para as coisas de Deus. Como ainda sou infiel...