Quem sou eu

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Sou alguém assim, quase sem definição, nem grande nem pequena, sou do tamanho certo, a minha cor é da cor que o dia me pinta...

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Beijo (escrito em 10/08/2011)

Não consigo. Mesmo que eu quisesse ou até mesmo querendo, não consigo viver sem você. Quando meus lábios tocam os seus, sinto com enorme precisão o seu beijo gélido e metálico, e o pior é o quanto eu adoro o seu sabor amargo que encanta os meus sentidos dando-me vitalidade para ser aquela figura disforme quase turva, porém alegre, amiga, falsamente simpática, escondendo de mim mesmo a face triste que é minha e vejo no espelho, me camuflando e me "camaleando" nas faces que não tenho, mas que encontro em ti lata, garrafa, copo, cigarro!

Cabana (escrito em 04/08/2011)

Tenho vergonha do quarto, do seu hálito de suor, da cama, das "artes" que fiz escritas nas paredes deste cômodo imundo. Sujo de mim e de você.
Não, não tenho vergonha de ser como eu sou, com palavrões na boca, com as minhas histórias curtas, bobas e pouco interessantes. Não tenho culpa do que escondo sob a face meiga que me cobre. Pois... muito prazer! Essa sim, sou eu de verdade. E quem quiser me descobrir, precisará tirar o véu, melhor os véus (dos meus e dos seus olhos), além de fazer um pequeno círculo de limpeza na poeira da janela para me ver. É... querida, é isso que eu sou... uma cabana empoeirada no meio do nada. Tenho algumas plantas dos lados, mas eu sou a cabana empoeirada, sozinha e principalmente abandonada por uma família que há tempos (ou nunca) fora feliz neste abrigo.
Mas hoje me abro a ti. Venha, venha me conhecer no íntimo e se surpreenderá. Você verá a bagunça deixada para trás reconhecidas através da xícara bonita e ornada com flores, além dos restos de alimentos largados em cima da mesa.
É... quem diria... já fui um lar. Já fui uma família composta por pai, mãe e crianças felizes. Já fui limpa, florida e arejada, já tive jardins nos quintais e varanda, já fui pomar de frutos doces e saborosos. Já fui crianças a correr em meu interior, já senti na pele seus gritos. Mas hoje, somente uma palavra me define: abandono.


Muito prazer! Seja bem vinda! Entre, pode limpar e se aninhar em mim novamente se quiser... nasci para ser abrigo! E não solidão...

sábado, 22 de outubro de 2011

Sombras (escrito em 25072011)

Acho que é tempo de escrever mais um texto, mas o quê, ou sobre o quê posso escrever aqui dentro deste ônibus cheio de gentes. Gente que dorme, que observa, que conversa e até grita (e me irrita). Do meu lado direito vejo um céu de um pôr do sol bem recente, do outro lado o céu já é quase completamente negro. Algumas luzes florescem essa escuridão, mas só é possível enxergar sombras.

Festa dos apitos. (escrito em 20/07/2011)

Bem, agora preciso falar sobre a festa dos apitos. Sim, foi uma festa maravilhosa, me senti em casa, totalmente à vontade, tão à vontade que em uma única noite pude me transmutar (ou tresloucar) em Ayan, Sultana, Lis... me senti todas elas numa junção de mim mesma. E me senti mal e me senti bem. E quis rir e quis infinitamente chorar de emoção e de tristeza e de alegria, sei lá, de um turbilhão de coisas, mas eu senti que era eu e eu não senti que era eu e resolvi ir um pouco mais fundo naquela experiência que há muito venho desejando, não tão fundo ainda, mas quase chegando lá e ao chegar lá, saberei que lá é o meu fundo mais fundo e mais profundo.
Ela é aquilo que eu também serei um dia e aí então nós seremos juntas ou individualmente. Somente sei que seremos. Por enquanto eu serei apenas outras coisas que já sou, mas que também serei. O futuro é algo que me pertence sem me pertencer, de uma liberdade extrema e calorosamente sem pudor. Eu pertenço a esse silêncio que ecoa em meus ouvidos... o futuro são reticências...

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Carta... momento morangos... p/ alguém muito especial!!! (escrito em 19/07/2011)

Agora estou no ônibus e acabo de ler a sua carta. Não é exagero falar que a saudade me inunda os olhos e o coração. Acho inclusive parcialmente desnecessário falar o quanto as suas cartas se classificam como verdadeiros tesouros para mim, tamanho o seu valor em minha vida e meu coração.

Adorei saber que o momento dos morangos foi tão importante para você quanto foi para mim. Lembro-me dele com a saudade a explodir no peito e rasgar minha alma. Sinto muita faltados nossos momentos, visto que momentos assim como os que eu tenho ao seu lado (e só ao seu lado), também têm sido bastante raros em minha vida. Sinto a vida adulta chegar como um câncer que corrói os dias levando embora os nossos prazeres mais ingênuos e porque não infantis de um infância tardia (já adolescente), porém muito feliz.

Que emoções vivemos juntos heim...

Quando vier de novo encomendarei os morangos.... e farei, com certeza o brigadeiro!


Águas... (escrito em 07/07/2011)

Preciso, preciso escrever. Sinto algo bom agora, mas esse bom me incomoda em meio a tantas coisas ruins. Meu coração anda deveras bastante ocupado de algo não tão bom quanto gostaria que fosse.

Preciso me libertar de um tantão de coisas e arrumar a minha casa. O passado é o que mais me incomoda. Acredite, até a minha respiração tem sido difícil... o ar que entra não consegue limpar os meus pulmões. Gostaria muito de saber meditar para conseguir boiar nesse mar tempestuoso que é a minha mente e deixar que as águas límpidas e transparentes me levem, me guiem até uma ilha de paz. Gostaria de sentir seu gosto doce e deixar o azedo de lado.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Inóspito (escrito em 04/07/2011)

A luz não é suficientemente clara, assim como também não são bem claros os meus pensamentos e sentimentos. Sinto uma vastidão de coisas novas e estou encantada com a descoberta da palavra "INÓSPITO". Nada a ver né? Mas é literalmente isso que sinto. Percebo que através das minhas leituras sou um tanto mais madura e consigo entender no que de fato acredito, no Deus que fatalmente ocupa o meu ser e eu há tanto tempo venho negando. Há também aquele menino que hoje exala (para mim) um perfume de milagre pairando o universo. É... ele é uma das provas concretas da existência divina.

Mas de que forma alcançar a divindade? Religiosa? Não. Há muito me desprendi dessas amarras e creio que essa não é a maneira mais satisfatória. Então, volto ao ponto inicial. De que forma encontrar Deus? Quero algo que me prenda, mas que infinitamente me liberte e nesse instante eu possa sentir e dizer: "é exatamente isso que eu quero!!!"

Hoje acredito em muitas coisas e desacredito de outras tantas. Na minha religião os gays são permitidos. No meu perdão, os assassinos mais cruéis são absolvidos (desde que se arrependam). No universo da minha religião não há julgamento. Somente justiça. Na minha loucura só o amor prevalece, só há misericórdia, compaixão e liberdade, principalmente liberdade...

Acerto de Contas (escrito em 29/06/2011)

Mais uma vez estou aqui com os meus mais loucos devaneios. Penso, paro, penso, paro novamente, mas não consigo de forma alguma concluir nada dos meus pensamentos. Só consigo pensar e sentir e ouvir.

Ouço o som barulhento do motor do ônibus e não consigo definir se isso me ajuda ou atrapalha. Sei sim e só sei que me faz pensar na engrenagem da vida. É... o casamento está chegando... melhor, eu estou indo ao seu encontro, ainda não sei se isso é bom ou ruim, mas estou chegando lá.

Em contra partida sinto que ele por algum motivo que ainda não consigo enxergar, me fecha algumas portas, também não sei dizer quais são essas portas e a quê elas me levam. Tenho um pouco de medo, mas sei que a vida está me cobrando agora o encerramento desta etapa e eu como boa devedora, preciso pagar. Pagar pro mim e pelos outros que já estão e os que ainda não vieram, mas virão. Sinto isso dentro de mim. Sim, se você quer saber, continuo incompleta e não é, definitivamente não é o  casamento, só ele que vai me completar.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Sim, coleciono textos sim. Coleciono no meu caderno de sentimentos. E olhe que são sentimentos profundos. Bem profundos. Tão profundos que ferem a alma de quem os lê. E guardo-os com o calor de quem ama de inteiro coração...

Perdoe-me (escrito em 02/06/2011)

Bem, se no frio faltou blusa. Se no beijo faltou amor. No abraço não sentiu calor. Perdoe-me mais uma vez. Se não fui o abraço esperado, o beijo molhado (não de saliva, mas de amor) se no abraço não fui assim... toda aconchego, se não te fiz perder o medo, perdoe-me.

É... perdão é o que posso (devo) pedir, por não ter sido o que fui. Perdoar é o que devo fazer por aquilo que você também não fez ou por ter feito o que não deveria. Não venho aqui justificar-me, nem quero as suas justificativas. Quero apenas você de sorriso nos lábios, de braços abertos e abraço apertado, de olhos fechados no meu colo de ser (de amar). Quero sim e por que não dizer, amigos sinceros... amores eternos...

Destruição (escrito em 22/06/2011)

Chega! Chega! Chega! Chega de sentimentos ruins...
Passo o tempo perambulando entre as linhas desta folha de papel na vã tentativa de exprimir o que eu sinto.
Desde que tudo aconteceu entre nós estou assim:
*Primeiro com raiva de mim, por ter feito o que eu acho que não deveria ter feito.
*Segundo frustrada.
*E terceiro decepcionada com você, mas principalmente comigo por ter implorado o seu perdão e depois ter que ficar assim, de minuto em minuto me dando uma forte e dolorosa bofetada no rosto já cansado além de apunhalar meu peito, quando na verdade, deveria ter te ligado sim, mas pra dizer todas as verdades que engoli no instante em que te pedi perdão. Me sinto suja, você conseguiu manchar a minha imagem no espelho.
Nem a água me lava, nem o sabão consegue e olhe que eu já tenho esfregado esse meu coração insano, mas tudo que consigo é fazer aumentar essa ferida e o seu sangramento. Daí fico me perguntando: como você pôde fazer isso comigo? Como pude eu mesma fazer isso comigo? Esmagar-me desse jeito... como pude me deixar manipular por você de tal forma que assumi um erro que não fui eu que cometi. E cada vez que me lembro, que me vejo aqui, sinto novamente o punhal me atingindo a alma. Me sinto um monstro comigo mesma... meu Deus, como pude ser assim uma vida inteira... estou destruída.
Eu sinto uma ansiedade avassaladora dentro de mim. É quase um tsunami, ou um catrina, ou até os dois juntos e uma coisa eu posso jurar, eles estão me destruindo e se eles conseguirem, a culpa é sua, é toda sua. (Será?) Pode rir, ria bastante da minha desgraça em sucessão. Ria, ria, mas não esqueça de chorar depois que eu morrer. E você, você simplesmente se igualou a ela...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Há quatro noites não consigo dormir. O meu orgulho está entalado na garganta. Me sinto em relação à você como se tivesse me matado em prol da sua vida. Tô mal. Pior, tô arrependida de mim mesma, não posso negar isso. Sou sensível (é isso? Só isso?) embora não pareça e pra falar a verdade nem eu sabia que era assim...







.... Você conseguiu me matar usando as minhas próprias mãos...


(In)Constante (escrito em 01/06/2011)

A cada passo que dou em frente, sou arremessada a um passado mais distante de mim. Não sei se isso me tranquiliza ou me amedronta, só sei que isso acontece. Sou fruto, produto, soma desse passado ameaçador...

Sou mesclada de cores claras e escuras, porém tudo, tudo muito cinza, que na sua mistura incessante me produzem e reproduzem a cada novo dia de intenso passado.

Aí então, a subjetividade me afoga, me sufoca na busca de algo mais objetivo dentro do meu EU guardado a sete chaves. É... EU sou essa (in)constante transformação. Sal, doce, tudo se mistura dentro do meu corpo suave, pequeno e tempestuoso.




Decepção (escrito em 03/06/2011)

Às vezes a decepção nos assola e nos invade por todas as extremidades e orifícios do corpo. É algo tão profundo e mesquinho que abala as nossas mais sólidas estruturas... amigos que não são amigos, irmãos que não são irmãos, filhos que há muito deixaram de ser...

Amigos não meus, mas de um interesse próprio e íntimo. Estou cansada de viver uma vida que nem de longe é minha. Hoje sou triste, não tenho amigos, tenho apenas interesses a cumprir.

Tenho gosto de lodo na boca e no coração!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Adoro (escrito em 01/06/2011)

Adoro seu gosto salgado, seu corpo molhado da água do mar.
Adoro seu jeito manhoso, seu beijo dengoso, seu gosto de ser dengoso assim.
Adoro, adoro mesmo seu peito de pai, seu jeito demais que me encanta e faz feliz.
Adoro seu sorriso de menino.
Seu jeito de falar comigo.
Adoro, adoro mesmo você... e sabe do que mais? Te adoro mais ainda e cada vez mais...

Caderno (escrito em 08/04/2011)

Aqui estou mais uma vez. Mas hoje não vim para falar de mim, falarei de cadernos... sabe gente, eu A-DO-RO cadernos, papéis... coloridos ou sem cor... enfim, sempre que minha mãe cismava de fazer fachina em meu quarto e jogar todos os meus cadernos e papéis no lixo, eu ficava louca, mas o fato é que eles simplesmente me atraem.

Outro dia comprei um caderno, ele é lindo, fofinho, a minha cara... só que fiquei com pena de usar. Passei quase um ano com ele guardado no meu armário. Há três dias iniciei um curso, então resolvi levar o caderno... e pro incrível que pareça, anotando os assuntos referentes ao curso, percebi algo interessantíssimo... que os cadernos escritos, riscados, rabiscados são melhores e muito mais bonitos que os novinhos!

Novelo (escrito em 04/04/2011)

Na subida da ladeira da vida, não sei se rolo ladeira abaixo ou se continuo subindo. E nessa subida (trajetória) vejo alguns já voltando, descendo a vitória da vida, outros desenrolando ou pelo menos tentando desenrolar o novelo que fizeram ao longo da vida, alguns tão embolados que têm até nós cegos, quase impossíveis de desatar, adquiridos através dos erros. São os errantes...

Que então podemos fazer para subirmos somente acertando???

Acho que a vida é composta por acertos construídos erro a erro, dia a dia, vida a vida...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

24 anos (escrito em 04/04/2011)

Aqui estou... ao soar dos meus 24 anos aprendendo (ainda) aos poucos a ser eu... eu sem pontos, dobras, amarras... simplesmente eu e mais nada.

Nada sei, somente sei que aos poucos aprendo-me assim, com gostos, desgostos, sabores e (des)sabores, num sem fim de dores e amores. Descubro-me a cada dia num pouquinho de coisas novas e velhas que me encantam fazendo-se renovadas. Encontro-me assim: cada dia fazendo uma nova descoberta em mim. Sim, aos poucos sou nova também, mas a novidade mesmo é que me faço velha, escrevendo-me nestas linhas.


Laços (escrito em 01/04/2011)

Até os animais choram, se entristecem, sentem a falta de alguém. Diante disso, como não acreditar no afeto, no carinho, no amor. Mais, como não acreditar em vidas passadas e reencarnações. Claro! Se existe um sentimento existe um laço, seja esse laço feito lá ou cá, sim, porque nem todos os laços e nós são feitos ou desfeitos em vidas anteriores, podem também ser feitos aqui nesta existência e perdurar ao longo de outras existências vindouras e quem sabe até perpetuar para todo o sempre, criando recriando, apertando e desatando laços.

Há pessoas que nos fazem tão bem, que esse bem ultrapassa as barreiras físicas, se torna "além vida", um carinho de tocar a alma. Pessoas que preenchem o vazio de uma solidão, mas não é qualquer solidão, é uma solidão específica que só aquela criatura com a sua tênue existência consegue preencher. É incrível! É como se faltasse algo, de repente, encontramos aquela pessoa e pimba! Lacuna preenchida! Acredito eu, são os nossos parentes distantes, explicados apenas pela existência de Deus...

Vai entender a criação divina!

Meu corpo (escrito em 28/03/2011)

No meu corpo não se mantém o mesmo sabor de antes. O olfato há muito também se modificou. O que restou de mim então, se tenho sabores e aromas distintos dos de antigamente?

Viver uma vida toda cheia de novas e mais maduras emoções é um tanto quanto complicado, porém infinitamente mais intenso de sensações boas e ruins, sentimentos inimaginavelmente mais claros, indecifravelmente obscuros e (in)palpáveis. Hoje eu sou alguém que não sei o quero, mas sei que quero alguma coisa.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Faces

Escrevo hoje porque preciso botar pra fora tudo, tudo que está aqui dentro. O vento é um vilão dos meus cabelos vermelhos, loiros, castanhos... mas que fazer se diante do papel sou nua?! Aqui sou eu, sou choro, dor, alegria e todos o meus anseios.

Diante do papel sou cada parte de mim. Aqui sim, estão todas as minhas máscaras, ou será a minha verdadeira face?

Hoje sou diferente por algum motivo, seja ele qual for.

(In)Completo

As luzes da cidade se acendem e dentro de mim algo se apagou. O céu é lilás, as nuvens são rosa quase laranja. O bum acabou, tudo está completo... pedagogicamente falando, psicologicamente, nada ainda se completou. Tudo hoje é início e fim e no entanto, só depende de mim...

Todo dia

Todo dia o dia não passa, a hora não para, o dia não anoitece, o sol não dorme, não escurece.
Todo dia sinto esse aperto no peito, esse gelo na mão, esse medo no estômago.
Todo dia o coração pede mais um pouco do aconchego do seu peito perto do meu leito feito pra dormir.
Todo dia sinto, sinto muito a sua falta. Todo dia. E todo dia, o dia todo meu peito chora de saudade de ti.
Todo dia abro meu peito/jardim e colho flores só pra ti jasmim. E todo dia meu pulso pulsa e meu orvalho chora, só por ti.

Sonhos (escrito em 24/03/2011)

E por que não sonhar sonhos pequenos? E por que não construir primeiro a convivência? Melhor, por que não formar primeiro o embrião do amor...

De que vale sonhar com lindos casarões, bela mobília quando a felicidade está única e exclusivamente dentro de nós...  agora te pergunto: o que nos basta para sermos felizes além de nós mesmos?

Só sei que ainda estou pela metade... (12/03/2011)

Estou morta. Ao menos aqui, aqui dentro desta sala sou tão defunta quanto os corpos habitantes do cemitério. Aqui, definitivamente, não é meu lugar. Eu não sou questionada, porém questiono-me constantemente sobre quem sou e o que de fato estou fazendo aqui.

Sei que estou em construção como todos aqui, porém, é aqui mesmo que construo-me e construindo-me assim continuo completamente incompleta.

E a metade que me falta? Está vagando no mundo das idéias, como eu vagando em vida, sem vida, sem nada, apenas com as mãos no bolso, sem lenço e sem documento (como diz Caetano Veloso em sua música) pelo mundo afora, melhor, Ibititá afora. Sem porta para sair de dentro de mim e mostrar-me ao mundo. Sendo quem sou.

10/03/2011

Estou disposta a  mudar a pele se necessário for. Estou disposta a mudar a cor dos olhos, do cabelo e até da vida, mas jamais, jamais mesmo mudarei o que sou. Não por você... não por nós dois...

Fosco brilho (escrito em 04/03/2011)

É incrível como consigo conversar com as árvores e a forma como elas entendem a minha alma. A cada dia que passa percebo como a vida se torna complexa nas relações mais simples.

Acho que ainda não aprendi a administrar a minha vida, as minhas relações, ações e sentimentos. Me sinto irritada por isso. Na verdade me sinto derrotada pelo gigante que há dentro de mim. Hoje estou em desarmonia comigo. Por que razão não sou simplesmente como a natureza... hoje me falta algo bom... talvez continue faltando Deus nos meus gestos... 

Gostaria muito de não me importar... 

Conheço algumas pessoas que vivem a morte em vida. São defuntos vivos na verdade. São pessoas sábias, inteligentes, experientes, porém se deixaram ser assassinadas por um acontecimento exclusivo da vida, pessoas que perderam o estímulo de viver. Isso me angustia demais.

São pessoas realmente admiráveis, mas que se limitaram a pegar uma esponja de aço e esfregar todo o brilho que existia em suas vidas, em seus olhos. Morreram suas vidas, morreram de dor, de amor...

Janela (02/03/2011)

Do parapeito da janela vejo a natureza acontecer, vejo as folhas brotarem, as flores desabrocharem, as borboletas a voar sobre essas flores e plantas e aromas e amores.

Sinto o perfume que exala da natureza, melhor, do aconchego do vento que me embala na escrita dos meus sentimentos. A escrita floresce dentro de mim com suas flores, galhos e frutos... doces, amargos, azedos...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Urgência, saudade... (escrito em 23/02/2011)

O tempo urge tantas coisas e detalhes tão grandes dessa existência que não sei que resposta dar a quem, se a mim ou aos outros e simplesmente me perco nas entrelinhas de minha própria história, me perco nos trilhos do meu trem sem luz num túnel qualquer da vida.

As lágrimas (in)contidas estão dentro de mim prestes a eclodirem em gritos desafinados de dor e angústia profunda. Me vejo em S, em F, e nele que partiu à pouco. Ele que já tem saudades de nós, mas não sabe como voltar porque o caminho se perde a cada passo dado ao infinito.

Eu sei, sou tristeza, enquanto tantos são felizes, infelizes, eu sou apenas a tristeza de sua falta, de sua ausência nua e crua. Sou frio nas noites quentes sem você ao meu lado. A casa se faz vazia e infinita de saudade e apego do seu aconchego bruto.

Faces (escrito em 13/02/2011)

Cada cliente minha é uma face de mim. Poucas vêem a minha verdadeira face, mas de quando em vez me mostro a alguém e quase todas as vezes, me decepciono ao me ver.

Às vezes me sinto mentirosa em relação à face que se mostra, mas quem não se sente... porém, cada cliente vê de mim uma face diferente. Também eu, ao me olhar, vejo em mim uma nova face, desconhecida até então. Cada face me mostra algo diferente em mim e me completa de alguma forma, boa ou ruim.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sabor (escrito em 11/02/2011)

Hoje eu quero dar sabor à minha vida, como diria Cássia Eller, sabor de fruta mordida, de boca beijada, de carinha amassada de dormir no colo do bem amado. Quero dar sabor de quero quero e quero mais. Sabor de calça folgada assistindo filme no sofá esperando o marido chegar pra fazermos juntos o jantar.

Quero sabor de violeta, cabelo desgrenhado, quero de novo o sabor de ser eu, de viver eu. Sabor de mulher beijada na testa e no coração.

Cigarro (escrito em 10/02/2011)

Cada retorno é uma partida. Cada chegada, uma despedida... que ironia essa vida. Quanta tristeza na chegada e emoção na despedida.
Sinto falta do cigarro sentado no sofá, na porta, dele deitado na cama. As cinzas agora, fazem do seu corpo um cinzeiro vivo, quase sem vida. Seus olhos já nem abrem mais de dor e pedem o silêncio dos seus gritos e gemidos. Pede o gelo no corpo e a morte no ventre. Só pede e chora e sente. Não mente, partir é tão dolorido quanto ficar, principalmente quando se parte assim...





...tão lentamente...

Passado (escrito em 08/02/2011)

Gostaria de ser tudo que falo, gostaria de ser as verdades que digo e não as mentiras que sou. Gostaria de ser um futuro brilhante, mas não me abandona o passado, passado passado, pesado passado. Ele não se despede de mim e me sonda como uma sombra. Me acompanha, me segue e não me larga, faz de mim o que quer com seus versos e inversos infinitos e parece que infinito-me neles também.

Sem passado jamais seria quem sou hoje e jamais me tornaria futuro assim tão mágico como sou. Enterrá-lo hoje, torna-se quase impossível diante de tal circunstância. Sou completa somente se for composta de passado, presente e talvez, sim, porque o futuro é um "se", um "quem sabe" e um (in)constante "talvez", sem pontos e vírgulas, apenas reticências...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O céu, as plantas e as flores são algo que me inspiram. O vento beija-me neste instante sem palavras. Algo lindo acontece nas entrelinhas de mim. Algo cintilante como a cor das estrelas. As nuvens no céu me atraem, nos atraímos mutuamente como amantes ao luar.

Meus sonhos estão todos jogados ao vento, apenas ao vento, sem voz, sem paixão, apenas ao vento, inodoro vento cintilante.

Cinza (escrito em 08/02/2011)

O mundo olha cinza pra mim hoje. As cores sumiram do meu olhar. Gostaria de ver um mundo vermelho hoje, vermelho como o amor, ou rosa talvez, como tudo de bom que há em mim. Gosto das cores, mas existem pessoas que podem se pintar de um infinito de cores que mesmo assim seu mundo é cinza e inodoro, sem cheiro algum de flores, pior, sem cheiro algum.

Jardins ou Chiqueiros? (escritos em 07/02/2011)

Existem pessoas que são tão certinhas, tão certinhas que não erram jamais. Existem pessoas tão erradas que fazem da vida um erro constante, mas que de vez em quando ainda acertam.

A vida é assim, cheia de altos e baixos, erros e acertos, talvez até mais erros que acertos. Todos costumamos errar, porém, onde se encontram os acertos? E os erros? que fazemos deles? Onde plantamos as flores da nossa vida... nos jardins, ou nos chiqueiros?

A. D. (escrito em 03/02/2011)

Sua escrita é como um bebê, sublime, suave, frágil, delicado, porém se torna deliciosa como biscoito recheado e coberto de chocolate, melhor, parece pão de mel, úmido por dentro.

Você é uma flor nascida nos meus campos selvagens. Flor bela, delicada e forte como aço, suportou os meus mais ferozes ventos, não se abalou e nem se arrancou dali. Você nasceu do fogo e do aço e em mim se tornou borboleta saltitante que pousou no meu ombro e me fez repousar num sono de conforto... e porque não dizer aconchego...

terça-feira, 7 de junho de 2011

Sua razão e sua paixão são o leme e a vela de sua alma navegante. Se um dos dois quebrar, você pode adernar e ficar á deriva ou ficar imóvel no meio do mar. Porque a razão, reinando sozinha, restringe todo impulso. E a paixão, deixada a si é fogo que arde até sua própria destruição.
Deve existir algo extranhamente sagrado no sal: está em nossas lágrimas e no mar...
Khalil Gibran

Escuridão

Escuridão é algo que me faz refletir sobre os cegos e suas dores. Sobre a alma e seus abismos. Sobre Deus e o homem.

A justiça à luz da esuridão é injusta e continua sendo, à sombra do sol mais brilhante. No escuro somos apenas um vulto ou nada, talvez nada mais que um toque, apenas um toque de conforto e segurança.

Vela (escrito em 03/02/2011)


As luzes se apagaram e as velas se acenderam dentro e fora de mim, e me mostraram à sua luz o quanto ainda sou pequena diante do universo no qual estou inserida.

A minha vida é apenas uma vela acesa que a qualquer momento pode ser apagada por ele, por mim, po eles... enfim. Sou apenas a chama de uma vela qualquer iluminando a minha vida e a de tantas outras pessoas ao meu redor.

Gostaria de iluminar muito mais, mas não posso, sou apenas uma vela e sua pequena chama...

Licor (escrito em 02/02/2011)

Estou aqui sentindo raiva de mim mais uma vez. Por que tantas vezes tenho que errar? Por que a vida tem que ser esse constante ciclo do qual não consigo sair? E por que tenho que estar presa nele? Ah... se eu pidesse vomitar tudo que sinto.

O desequilíbrio, que é esse elemento, indivíduo abusado que me toma por hora? Por que as lágrimas insistem em brotar? Chega! Chega de dor! Quero amor! Amor e nada mais. Chega de palavras mal-ditas, de frases mal resolvidas, de vida sem licor, o licor do amor e da paz!

Vida/Morte (escrito em 31/01/2011)

O que é a vida? A quantas vidas temos direito? E a morte? Ainda prefiro acreditar que a morte nada mais é que um portal para uma forma de vida diferente e desconhecida. A cada dia que passa percebo que a morte na verdade s torna o nascimento para uma nova vida, uma vida mais plena de saberes, de informações sobre nós mesmos.

Ontem percebi o quanto já fui pequena e o quanto ainda sou, o quanto em mim ainda só é grande o egoísmo. Como ainda sou pequena para as coisas de Deus. Como ainda sou infiel...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

LIXO (escrito em 28/01/2011)

Alguém vê na minha face o que eu sinto? Alguém além de mim consegue vê? Agora entro no banheiro, tiro o batom, lavo o meu rosto, na tentativa de lavar de mim também a tristeza que sinto. Me sinto nua sem meu caderno aqui.
Sinto a falta dele que conheci há dois anos. Ele sem defeitos como o conheci, ou pensei conhecer. Hoje sinto uma dor que não consigo explicar. Sinto vontade de dormir, dormir, dormir... sinto um medo, algo tão grande, tão grande que não sei dizer, escrever, transcrever... sinto vontade de esfregar meu corpo nesta folha e deixar que ela sinta o que eu sinto também.

Por que não posso simplesmente morrer?...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Árvores (escrito em 24/01/2011)

Na estrada, vejo poças d'água. Na estrada vejo árvores, vejo uma ávore torta que F. dizia ser dele, mas já nem sei se é dele ou se é minha, todos os dias passo e me encontro com ela, olho para ela e me lembro dele, olho para ela e penso nele. Todos os dias olho para ela por ele. Uma casa então passa por mim... e as plantas, as chuvas e as plantações. Algo me embebeda na estrada. Algo me transforma. Algo me faz luz apagada que só eu vejo.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Ela... G. (escrito em 24/01/2011)

Quem é ela? Preciso descobrir. Ela faz parte de mim e eu dela. Somos parecidas. Tragamos o mesmo fumo. Somos a mesma cinza, no mesmo cinzeiro. Somos a mesma vida em épocas diferentes. Temos os mesmos dentes, cabelos, doenças. Somos muito parecidas, porém, infinitamente diferentes. Temos a mesma energia. seja ela boa ou ruim. Somos amargas, azedas, de um doce quase impercetível. Somos ela e eu em corpos diferentes, temos sonhos e mundos iguais e corpos distintos. Somos ela e eu e nada mais.
Ela parece rocha, porém, nada mais é que um simples e belo diamante... frágil como eu. Só que pra vê-la, é preciso descascar... cuidadosamente para não ferir!

domingo, 20 de março de 2011

Cabelos Brancos (Elias. escrito em 21/01/2011)

Sou boa, sou boba, sou má, engraçada. Às vezes sábia e quase sempre muito burra. Eternamente ignorante e sem resposta. Muito confusa sempre. Vingança é algo que sinto no sangue, no pensamento às vezes, mas acaba todas as vezes na coragem, na boca, nas mãos... sou boba ou não. O tempo, a idade, a minha imagem me confunde cada vez mais, ela é turva e o tempo é brilhante e inexorável, diria até imperdoável, cruel... pronto, está dito, escrito, pensado. De que vale mentir se não conseguimos nos enganar a nós mesmos?! 
Desconheço os estranho ao meu redor e conheço-os melhor que imagino, todos têm a mesma cara, as mesmas marcas. Marcas do nordeste, do sol, da chuva ou falta dela, da sede, da fome... marcas de um povo que só esse povo tem. 
Sou jovem, preciso sonhar, mas tá difícil... é tempo de dor, ele se despede a cada dia, num adeus silencioso que só o silêncio sabe dizer, sabe mostrar. Seus olhos já não dizem mais nada além desse adeus mudo, cansado de uma vida muito bem vivida... de forma certa? Errada? Só ele e Deus sabem. Defeitos... quem não os tem? Cabelos brancos... esses, dizem muito, muito mais do que palavras ditas, escritas, desenhadas podem dizer... eu? Eu sou apenas um pingo d'água que escorre numa face qualquer!

Oração (escrito em 20/01/2011)

Deus me ajude. Sente ao meu lado e fale comigo, baixinho ao meu ouvido, não grite, não suportarei. Explique-me senhor o que faço aqui. Às vezes me sinto tão abandonada como agora. Me mostre então que está aqui ao meu lado e que segura a minha mão pequena para tantas pedras e espinhos. Tire cuidadosamente os espinhos da minha carne, da boca as pedras que mastiguei e que custam a descer na minha garganta. Me mostre o caminho que devo seguir, estou perdida sem ti, sem segurar a tua mão. Dê-me visão, estou cansada de chorar no escuro, sem saber para onde ir. Deus não me desampare nos momentos de angústia. Amarre minhas mão e meus pés para que eu não faça besteira contra mim. Senhor, me dê coragem para não desistir de mim, da minha vida, do meu amor próprio e do meu orgulho. Deus me ajude! Fique comigo. Afasta de mim aquilo que me faz mal. A fragilidade da carne e do corpo. O pecado do corpo e da alma!

Machucada (escrito em 20/01/2011)

Escrever é um alimento que me faz falta quando não posso. Hoje sou pêssego machucado. Ontem me apertaram, porém não me comeram e nem morderam. Me sinto agredida. Sem forças, sem vida, sem brilho no olhar. Estou com medo do futuro e do que ele reserva para mim. 
Sou jovem, tenho apenas 50 anos de maus sentimento e pensamentos desaranjados, apenas 50 anos de idade marcada em meu rosto, corpo, pele. As minhas emoções são fortes demais. Somente elas me entendem. Eles... jamais... solidão é algo ruim, seja na vida, na morte ou na estrada... tão necessária qunato o ar que respiramos, porém agudamente dolorida e cutucante. 
Não gosto mais de pensar, porque quanto mais eu penso, menos respostas encontro. Sou alma feminina de mulher, não de menina. Talvez até de homem, porém, infinitamente feminina. Sou bonita, eu sei, mas não me sinto assim, sou apenas carne e osso. A carne uma hora estraga, vira lama e os ossos viram pó. Sou uma balança inconstante. Será que sou espírito num mundo de matérias? Ou apenas matéria solúvel? Sei lá... as plantas é que são felizes, não sentem coisa alguma...

Solúvel (escrito em 18/01/2011)

Agora me sinto impotente e não sei o que fazer. Me sinto como se não existisse. Sinto dor sem sentir. Estou tremula, porém meu corpo não treme. Eu sou água, ou algo que se dissolve nela. Me sinto em pó, em gel, algo frágil. De vidro ou cristal, talvez. Vidro que racha mas não quebra. Só não quero que as pessoas me vejam assim. Sou folha seca levada pelo vento. A escrita é como o vento, ela me leva para onde quiser. Me leva aos extremos da emoção, da alegria eufórica à mais profunda tristeza. Na escrita sou sozinha, não tenho pai, mãe, irmão, ninguém. Sou apenas eu dialogando comigo mesma no meu mais profundo interior.Vejo as pessoas, mas elas não fazem parte de mim. Sou algo indefinido, me sinto pedra, gesso, angústia. Sinto um peso que talvez não exista. Queria ser poeta e descrever o que sinto. Quero flores no jardim e na alma. Quero acampar no mato, sentir a natureza em meus pulmões, em meu rosto. Quero desejo sexual. Quero coisas, muitas coisas. Quero minha casa arrumada. Quero meus desejos realizados. Quero fazer bolinho de chuva e adormecer no sofá depois de assistir a sessão da tarde comendo pipoca. Quero suco de laranja e chá de maçã para dormir à noite. Quero mãe perto e medo longe, bem longe. Quero amigos e nesses amigos, pessoas em quem eu possa confiar. Quero tardes alegres e filmes com final feliz. Quero óculos escuros, vida tranquila, marido e aconchego...


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Escrever (escrito em 12/02/2011)

Preciso escrever, escrever, escrever, porque só escrever me liberta. Me liberta de tudo. Mesmo que esse tudo seja nada e essa escrita não tenha sentido algum, eu sou escrita mesmo assim. Quero ver meus sentimentos vivos através das palavras e mortos após sua escrita. Quero natal feliz. Quero ano novo a dois. Só a dois. Quero ela bem. Bem perto de mim e me quero longe de mim e de toda essa dor que eu sinto. Quero gritar essa dor e que ela saia de mim calada, de cabeça baixa. Quero meu quarto, minha cama, minha coberta, meu amor, seu cheiro e meu sono, só não quero estar aqui. Quero você loira no salão, me sentindo como sempre. Só não quero que sofra por minha causa. Te quero bem!

Quero estômago vazio, porque ele cheio, cheio assim de ansiedade, me faz mal. Quero mais ar agora. Quero não lembrar de ontem. Quero delícias, quero comer sem enjoar. Quero pipoca e filme com coberta no sofá de casa com a chuva caindo lá fora.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Coração seco (escrito em 01/01/2011)

Me sinto incompleta como mulher. Me sinto frágil e nostálgica. Preciso de um pouco de paz e descanso profundo. Só quero dois colos. O de mãe e o dele. Só eles podem sentir como estou e me ajudar. Queria sol na pele e luz no coração. Queria menos dor e bem menos dor para mim e para ela. Quero tudo e nada. Magia e encantamento.

Às vezes chego a ter saudades de mim. De mim com ele, de mim com ela comendo pastel de Iracema. Mas essa saudade não tem mais fundamento... se nem eu existo mais... não daquele jeito, feliz como era. Sou apenas um vulto na escuridão. Sou morte em vida.

Outro dia pensei que estivesse curada. Mas não. Veja você mesmo como estou, sou toque gelado, bom dia sem palavras. Olhar vazio, dor sem grito, sem gemido. Sou eu com todas as minhas marcas, dores, amores, horrores. Estômago enjoado, cabeça pesada e gigante, corpo pequeno para suportar meu peso. Noites mal dormidas. Coração vazio, seco de sentimentos bons.

Meus Papéis. (escrito em 28/12/2010)

Meus papéis me escutam e me falam muita coisa que sem palavras não conseguiria ouvir. Meus papéis tiram de minha garganta o grito que não sai de minha boca. Quero poesia em meu olhar gelado. Quero segredo de mãe e irmão. Quero aconchego de família. Quero mais luz no dia. Quero brisa no rosto e cabelos. Quero verde, amarelo e rosa na natureza. Quero terra molhada nas mãos. Quero pé de umbu e siriguela.

Como Elis, também quero uma casa no campo. Uma casa cheia de paz. Quero filhos correndo e gritando. Quero pai brincando com os filhos no meio da sala. Quero esquecer o passado. Quero galinhas no quintal, pé de manga... quero infância em minha face. Quero o azul do céu todo rosa. Rosa como as flores. Quero amor no sofá e novela das oito com final feliz. Quero ilusão, ilusão e mais ilusão. Quero sorriso no rosto alheio. Quero luz, vida, mato, amor e magia. Quero árvores no quintal, minhas árvores, pintadas por mim. Quero Dezembro velho e Janeiro novo.

Meus Desejos (escrito em 27/12/2010)

Nem a música meche mais comigo. Nem a música me faz suspirar. Ele tirou de mim toda a alegria que podia ter com o casamento, filhos e tudo mais que planejo. Eu nem sequer sabia que ele era capaz de tudo isso. Minha cabeça doeu hoje o dia todo. Já nem sei... ele meche demais comigo. Sou vida sem ele. Sou a vida dele... será?

Hoje eu não quero chorar, quero viver mais que nunca e muito mais que todos os dias que já vivi e viverei ainda. Quero viver, mas a minha alegria hoje se despede de mim mais uma vez. Sou velha de novo. Quero as minhas emoções longe, fora de mim. Longe de mim também quero o meu respirar difícil. Perto de mim eu quero apenas o bem estar. Quero a chuva capaz de lavar a lama de minh'alma. Quero paz e quero Deus perto, perto não, dentro de mim. Quero banho de folha de laranja e chá com sabor de conforto para mim.

Quero a paz, a luz, e a força dela dentro de mim. Porque ela soube preencher o buraco que agora eu também tenho e só agora vejo o quanto ela foi forte. Como ela foi sábia! Como eu fui ignorante... Quero uma oração que me cure a dor que sinto. Quero de novo o amarelo da alegria do ouro dentro de mim. Quero pessoas boas como elas na minha vida. Não quero doença, nem dor, somente amor e flores. Quero ar puro com cheiro de flores. Quero dias com gosto de algodão doce e danone. Quero peso de pena nas minhas costas e dias mais leves. Quero altar de igreja, vestido branco, beijo na boca, carinho de homem, filho no ventre e diploma na mão. Quero cama e cobertor quentinho, dormir de conchinha e sonhar. Não quero sexo, só amor, amor e fazer amor. Quero brilho de alegria no olhar...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Luz (22/12/2010) F.

Você é uma pessoa iluminada. Você me emociona a cada carta que escreve. Você, só você consegue me penetrar tão profundamente. Só você consegue me ver, me sentir, me pegar, me abraçar assim, sem ao menos um toque.

Como eu te admiro por dentro e por fora também. Como eu te quero aqui perto do meu coração, da minha alma. Você, diferente de muita coisa, é algo que me faz bem, muito, muito bem. Algo que talvez só a divindade explique. Você é um encanto, música, flores, cores, vida e alegria na minha vida. Você de tão bom, tão bom, é algo indizível...

Te quero muito e te quero muito, muito, muito bem. Te quero todo bem. Porque você na minha vida é um tudo de bom, que o bom por si só não explica...

Doença (22/12/2010)

Sinto faltar o ar dentro de mim. Mas sei que isso passa logo. Porque tenho que pensar tanto a ponto de me exaurir. Até a minha roupa sente a minha doença. Meu corpo treme sem tremer. Chega de morrer.
Eu quero é chegar em casa.

Calor (22/12/2010)

Sinto meu corpo fraco. Doente. Sinto coisas que não sei explicar. Sinto meu suor brotar no meu corpo. Sinto a poesia fugir de mim, como o sangue foge à face quando desmaiamos. Escovar o cabelo? Pra quê? Vou é molhá-lo!! O sol se mostra e abraça a terra. Tudo está quente...

Remédios (escrito em 22/12/2010)

Sinto como se cada remédio me tirasse um pouco da vida. Como se num roubo. Sinto como se ao tomar um comprimido, por menor que seja, um pedaço de mim morresse à medida que ele se dissolve no meu estômago. Sinto tudo e nada ao mesmo tempo. Ainda bem que tenho você Mãe e você Jonas. Tenho vocês e vocês me têm.

Ao longo da vida, a gente percebe a fragilidade da vida humana e nossa fragilidade diante da vida. Somos um pedaço de carne que a qualquer momento pode se dissolver e se misturar ao chão de barro e se tornar lama... remédios ou venenos?

Remédios...
...quem sabe...
???

Barro (escrito em 19/12/2010)

Hoje quero andar de pés descalços e pisar no chão, sentir o chão, a terra, sujar meus pés de terra. Na verdade, quero me misturar à terra para sermos uma só. Queria ser eu na terra e a terra em mim. Queria ser bolo de barro moldado pelas mãos de um criador, seja ele Deus ou homem. Queria ser apenas criação, só criação. Não queria ser de carne e nem de osso. Só de barro.

Bomba Relógio (17/12/2010)

Sinto meu corpo como uma bomba relógio, cheio de drogas. Eu sou uma farmácia ambulante carregando todos os meus males. Tenho medo de mim. Do meu organismo. Acho que alguém pode me ajudar. Será que eu posso me ajudar? Tenho medo da solidão.

O que sinto começa com um grande aperto no peito e toma o meu corpo inteiro de mim. Agora estou no ônibus e a mesma bomba relógio me assusta. Já sinto formigas caminharem em meu corpo.

Senhora (16/12/2010) A. B.

Você foi a minha luz no fim do túnel, talvez, minha salvação. Me ajudou a entender a minha dor. Você tão jovem e tão senhora. Senhora de si e dos outros. Dos outros, bem menos senhora do que gostaria, mas senhora de uma vida toda digna de você. Senhora digna de um lar e duas filhas. Senhora de um marido, talvez. Senhora sim, de uma bebida que deve ser bebida até a útima gota. Gota do mais puro e transparente orvalho.

Me esforço às vezes para ser você, mas felizmente, não chego aos seus pés. Senhora, minha senhora...

16/12/2010

Estrada que rola. Estrada que tomba, estrada com água molhada da chuva. Estrada de ida e volta. Estrada de chão, de mato, macaco. Estrada.

Joana (escrito em16/12/2010)

Joana é poesia, eu sou tristeza
Joana é poesia, eu sou negra
Joana é poesia, eu sou flor
Joana é poesia, eu sou amor.
...sou desejo, sentimento, angústia, sou eu e todas as minhas faces.
Sou também poesia.
E Joana...
...simplesmente...
amor!

Ela e Eu (15/12/2010)

Minha letra treme no papel. Esse tremor vem da estrada que piso. Do chão que sinto e me liberta.


Hoje sou alma ferida cicatrizando, sou gosto de chuva na boca e carne queimada no coração. Sou ovelha negra de mim mesma. Sou desequilíbrio. Sou dinheiro gasto e dívidas a pagar. Dívidas a acertar com a vida e com o mundo. Sou loucura. Sou ansiedade. Sou medo e sou flor. Sou preto e sou rosa. Sou cinza... de cigarro fumada pela vida. Sou cinzeiro, sou lixo, sou alma calada e ferida. Sou mãe solteira que grita a solidão que sinto sozinha num quarto qualquer alugado. Tristeza. Medo. Solidão, terror...

Sou dor ao pensar no filho que virá sem pai. Queria gritar aos homens: não façam isso com seus filhos!!!
Sejam pais, sejam homens.

Isso me maltrata, me dói tudo de novo. E parece que não vou suportar. As minhas crises são minhas, mas meu desespero é dela, do grito dela, da dor que é dela. Não chore. Tudo passa. Tudo se resolve. Sinto nova crise vindo aí. Mas hoje eu tomei o remédio. Ele me salvará dela.

Irecê chegou até mim. A cidade entra dentro de mim e me vasculha à procura de não sei o quê... palavras, palavras, palavras, tenho medo do que eu tenho, do que eu sinto.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sentimento Bom (escrito em 15/12/2010)

Hoje eu quero escrever. Sinto algo gostoso dentro de mim. Um sentimento bom de etapa finalizada. Me sinto em paz. Em paz comigo e com os outros. Agora só as dívidas me afligem. Sinto gosto bom, que não é de lágrima na boca. Vejo o verde da chuva que só a chuva tem. Vejo terra molhada, sinto algo que não sei definir. Hoje vou ganhar um presente melhor que o de ontem. E amanhã de novo. Sinto urgência em me casar. Agora não sei o que sinto. Hoje não tenho poesia, só sentimento e nada mais.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Ser eu (15/12/2010)

Ufa!!! Enfim posso respirar. Posso ser eu, posso me sentir de novo. Porque de novo posso ser eu, eu, eu e mais eu. Posso sentir minha vida de novo. Ser minha de novo e ser dele e ser nossa. Ser vida, vida vivida, sentida, amada e curtida. Enfim, me sinto eu!

Chega de dor! De sufoco, de suspiros e sussurros. Chega desse gosto de lágrimas na boca e na face. Chega de sofrer. De sofrer um sofrimento que não é meu e nem é dele. Nem seu. É só dele e ele nem sente. Quero na boca, gosto de chuva molhada que molha meus cabelos negros e loiros e negros. Quero sol no meu rosto, iluminando a sua vida, a minha, a dela, a dele e até a dele, que sente dor sem saber sentir.

Quero vida nova e cabelo novo, caindo no olho. Quero meus cachos de volta...
Sou fragmentos de textos não acabados. Sou folha seca embaixo das árvores. Sou eu sem fragmentos de mim. Um vazio me corrói por dentro.

Cadê a minha alegria, cadê??

Já chorei (escrito em 15/12/2010)

Já chorei com as dores dos outros.
Já chorei sentindo as minhas dores nos outros.
Já chorei por você no colo de outros.
Já chorei vendo pedaços de mim morrendo na estrada sem poder fazer nada.
Nada mais que chorar...
Algumas vezes me sinto carcaça de animal morto fétido na estrada.
Às vezes passo de ônibus e me vejo lá apodrecendo. Sendo comida de urubu.
Não sinto coisas boas agora.
Outras vezes me sinto sendo mutilada, desmascarada e não gosto do rosto que vejo refletir no vidro da janela, alguns pedaços de minha carne ainda fresca caem na estrada.
Uma estrela surge no céu, lanternas de ouro.
Se alguém entender, me explique.
Pliss!!!

Roça (escrito em 09/12/2010)

Eu era roça cheia de mato, erva daninha. Hoje sou campo. Em beve serei flores, sementes, árvores e frutos. Serei vida e não morte. Serei eu e não eles. Serei eu e ele, ele que me ama... embaixo das cobertas... serei gozo, alegria, felicidade. Alma plena. Lua cheia de estrelas que brilham à noite no céu escuro, negro como a flor do campo que brotará em mim. Sou flor e amizade. Sou finalmente um pouco de mim em mim. Agora sou minhas dores, minhas alegrias e tristezas. Sou eu, apenas eu e ninguém mais. Sou música, minha música e não a dele. Nem acredito, nem acredito que sou eu!!!

Descobrimento (escrito em 09/12/2010)

Sinto que não me conheço ao certo, apenas comecei o processo do meu descobrimento. Olho as nuvens e sinto vontade de viver. Já sinto a sua falta e a falta de mim quando estou com você, porque longe de você sou ilusão e somente junto de você sou verdade.

Eles que são a mentira e a mais pura verdade da minha vida que não passou de uma doce amarga ilusão até te conhecer. Você cuspiu em mim todas as verdades que me recusei a acreditar ao longo da minha vida de apenas 50 ou 23 anos.

No ano passado completei 50 anos, porém esse ano completarei apenas 24 que é o que devo à vida.

CHORO (12/12/2010)

Ontem eu chorei, chorei com o corpo inteiro para expulsar de mim aquilo que me faz mal. Minhas lágrimas escorriam pelas minhas pernas e novamente senti aquela dormência do cansaço do choro. A respiração ficou difícil e saía aos gritos pelo meu coração quase parado. Fiquei gelada, quase morri...

...mas estou...

...viva.

CACOS (escrito em 11/12/2010)

Sinto meu coração bater em cada parte do meu corpo. Me sinto carcaça novamente, sem carne, somente cacos de ossos vidrados no chão frio e quente. Me sinto chorar por dentro, pelo corpo inteiro, minha cabeça parece não suportar embora esteja gigante. Sou alma sozinha vagando na escuridão depois de uma guerra de corpos e carnes.

Sou filha da dor e da separação, sou filha de mim. Sei que sou linda. Sou novamente erva daninha. Preciso dormir, descansar de mim. Estou no limite do meu eu. Sei que preciso arrancar de mim esses pedaços podres, mas a cada dia eles são mais e maiores e tomam meu corpo quase todo. Sou vida sem vida, ar, arte. Sou morta viva em pé. Sou eu de novo com as dores do passado presente. Estou cansada de me ver assim, sem música.

Ontem eu era pisca-pisca, hoje sou lâmpada apagada, sem luz e sem cor.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Quero Viver (02/12/2010)

Caneta, caneta, por favor, preciso escrever, preciso comer o meu pão de cada dia, me alimentar dessas palavras... agora me sinto suja, podre não, suja. Suja de algo, de um sentimento que precisa ser lavado de mim, de minhas entranhas, de minha alma. Como disse K, preciso me libertar de ser o que sou e sentir o que eu sinto. Me libertar de ser podre. Vou tentar, melhor, vou conseguir. Vou respeitar mais e mais. Vou entender, respirar fundo, contar até dez, melhor, até mil se necessário for e vou principalmente refletir. Refletir sobre as minhas ações e palavras ditas e não ditas. Refletir até sobre o que sinto. De hoje em diante, vou sentir cada vez menos rancor, raiva, vou ser mais e mais compreensiva, amorosa, educada. Cansei de achar que posso mandar alguém ir tomar lá.

Tô triste hoje, acho que fui muito dura com ela. Eu senti que doeu nela todas as minhas palavras de gelo, de tristeza, de dor. Não deveria ter mostrado, deveria ter me escondido um pouco mais. Quero me libertar desse passado que ainda está iompregnado de mim e eu dele. Quero tirá-lo de minha pele, minhas roupas, minha vida. Esquecer que fiz parte dele e ele de mim. Queria agora morrer de um veneno confortável. Que não mate doendo, apenas mate. Mate de mim tudo que não presta, tudo que me suja, tudo que me faz feder.

Às vezes não entendo porque me sinto assim a cada vez que volto lá. Aquele lugar, seja ele onde for, me faz mal, muito mal. Esse lugar é fedido úmido e escuro. Sem vida, sem voz. Esse é o passado que agora pretendo enterrar. Enterro junto com ele, todas as coisas, palavras, tudo de ruim que sinto. Quero simplesmente esquecê-lo. Arrancá-lo do meu coração. Quero novos sentimentos, mesmo que esses sentimentos sejam velhos conhecidos. Quero eles de cara e roupa nova. Quero vida nova, de passado enterrado, à sete palmos? Não, é pouco, à no mínimo 200 palmos de terra abaixo, para que eles não tenham o direito de voltar. Quero vida nova, ano novo, paz, amor e segurança. Quero alegria e criança correndo pela casa... quero grito de menino brincando, quero alegria de filho no colo. Quero beijo de mãe no meio da noite... quero só você perto de mim. Perto e mais perto do meu coração. Quero vestido de noiva entrando na Igreja, seja ele branco, amarelo, rosa ou azul. Quero brincos nas orelhas e rosas vermelhas nas mãos, tem que ser vermelhas e não rosas. Quero gritinhos de adolescentes na rua ao ouvir a música preferida. Quero casa no campo, assim como Elis Regina um dia também quis. Quero vida.

Pronto, vou falar: Quero todas as minhas ilusões. Falei! Quero mesmo. Cansei de ser adulta, quero mais é ser criança e tomar banho de chuva para lavar o cabelo e a alma com a água da bica. Quero paz e sossego no meu coração. Quero energia boa como a de K. Eu quero amar e amor e nada mais.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Seus Escritos A. D. (02/12/2010)

Queria mais uma vez ler seus escritos, escritos mágicos, escritos com uma caneta cheia de uma magia sua, apenas de sua caneta. Caneta que tem a sua tinta, não a minha, tão óbvia, mas a sua, subliminar, doce, de cores suas, mesmo que essas cores jamais existam nos seus sentimentos. Nos meus sim.

Quero mais uma vez ser pintada por você, nas linhas do seu papel colorido sem cor, com suas palavras cheias de você. Você me desenhando. Queria comer da sua boca e arrotar suas palavras.

Menina Mulher A. D. (02/12/2010)

Como não escrever para você que me lê, me sente e infinitamente me devora sem dentes. Você que me sente assim... plenamente... com um sentimento seu, que também é meu. Você tão mulher num corpo de menina. Você tão você, cheia de características também minhas. Eu que não sei definir se sou mulher ou menina.

Me sinto mulher, me sinto menina. Me sinto eu e você, me sinto um sem fim de coisas que não sei descrever. Me sinto ser e sou. Me sinto infinita num mundo de idéias que são minhas e não são. Só sei de uma coisa. Não sei quem sou e continuarei não sabendo até que um dia, eu me descubra. E você também.