Estou morta. Ao menos aqui, aqui dentro desta sala sou tão defunta quanto os corpos habitantes do cemitério. Aqui, definitivamente, não é meu lugar. Eu não sou questionada, porém questiono-me constantemente sobre quem sou e o que de fato estou fazendo aqui.
Sei que estou em construção como todos aqui, porém, é aqui mesmo que construo-me e construindo-me assim continuo completamente incompleta.
E a metade que me falta? Está vagando no mundo das idéias, como eu vagando em vida, sem vida, sem nada, apenas com as mãos no bolso, sem lenço e sem documento (como diz Caetano Veloso em sua música) pelo mundo afora, melhor, Ibititá afora. Sem porta para sair de dentro de mim e mostrar-me ao mundo. Sendo quem sou.
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