Quem sou eu

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Sou alguém assim, quase sem definição, nem grande nem pequena, sou do tamanho certo, a minha cor é da cor que o dia me pinta...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sentimento Bom (escrito em 15/12/2010)

Hoje eu quero escrever. Sinto algo gostoso dentro de mim. Um sentimento bom de etapa finalizada. Me sinto em paz. Em paz comigo e com os outros. Agora só as dívidas me afligem. Sinto gosto bom, que não é de lágrima na boca. Vejo o verde da chuva que só a chuva tem. Vejo terra molhada, sinto algo que não sei definir. Hoje vou ganhar um presente melhor que o de ontem. E amanhã de novo. Sinto urgência em me casar. Agora não sei o que sinto. Hoje não tenho poesia, só sentimento e nada mais.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Ser eu (15/12/2010)

Ufa!!! Enfim posso respirar. Posso ser eu, posso me sentir de novo. Porque de novo posso ser eu, eu, eu e mais eu. Posso sentir minha vida de novo. Ser minha de novo e ser dele e ser nossa. Ser vida, vida vivida, sentida, amada e curtida. Enfim, me sinto eu!

Chega de dor! De sufoco, de suspiros e sussurros. Chega desse gosto de lágrimas na boca e na face. Chega de sofrer. De sofrer um sofrimento que não é meu e nem é dele. Nem seu. É só dele e ele nem sente. Quero na boca, gosto de chuva molhada que molha meus cabelos negros e loiros e negros. Quero sol no meu rosto, iluminando a sua vida, a minha, a dela, a dele e até a dele, que sente dor sem saber sentir.

Quero vida nova e cabelo novo, caindo no olho. Quero meus cachos de volta...
Sou fragmentos de textos não acabados. Sou folha seca embaixo das árvores. Sou eu sem fragmentos de mim. Um vazio me corrói por dentro.

Cadê a minha alegria, cadê??

Já chorei (escrito em 15/12/2010)

Já chorei com as dores dos outros.
Já chorei sentindo as minhas dores nos outros.
Já chorei por você no colo de outros.
Já chorei vendo pedaços de mim morrendo na estrada sem poder fazer nada.
Nada mais que chorar...
Algumas vezes me sinto carcaça de animal morto fétido na estrada.
Às vezes passo de ônibus e me vejo lá apodrecendo. Sendo comida de urubu.
Não sinto coisas boas agora.
Outras vezes me sinto sendo mutilada, desmascarada e não gosto do rosto que vejo refletir no vidro da janela, alguns pedaços de minha carne ainda fresca caem na estrada.
Uma estrela surge no céu, lanternas de ouro.
Se alguém entender, me explique.
Pliss!!!

Roça (escrito em 09/12/2010)

Eu era roça cheia de mato, erva daninha. Hoje sou campo. Em beve serei flores, sementes, árvores e frutos. Serei vida e não morte. Serei eu e não eles. Serei eu e ele, ele que me ama... embaixo das cobertas... serei gozo, alegria, felicidade. Alma plena. Lua cheia de estrelas que brilham à noite no céu escuro, negro como a flor do campo que brotará em mim. Sou flor e amizade. Sou finalmente um pouco de mim em mim. Agora sou minhas dores, minhas alegrias e tristezas. Sou eu, apenas eu e ninguém mais. Sou música, minha música e não a dele. Nem acredito, nem acredito que sou eu!!!

Descobrimento (escrito em 09/12/2010)

Sinto que não me conheço ao certo, apenas comecei o processo do meu descobrimento. Olho as nuvens e sinto vontade de viver. Já sinto a sua falta e a falta de mim quando estou com você, porque longe de você sou ilusão e somente junto de você sou verdade.

Eles que são a mentira e a mais pura verdade da minha vida que não passou de uma doce amarga ilusão até te conhecer. Você cuspiu em mim todas as verdades que me recusei a acreditar ao longo da minha vida de apenas 50 ou 23 anos.

No ano passado completei 50 anos, porém esse ano completarei apenas 24 que é o que devo à vida.

CHORO (12/12/2010)

Ontem eu chorei, chorei com o corpo inteiro para expulsar de mim aquilo que me faz mal. Minhas lágrimas escorriam pelas minhas pernas e novamente senti aquela dormência do cansaço do choro. A respiração ficou difícil e saía aos gritos pelo meu coração quase parado. Fiquei gelada, quase morri...

...mas estou...

...viva.

CACOS (escrito em 11/12/2010)

Sinto meu coração bater em cada parte do meu corpo. Me sinto carcaça novamente, sem carne, somente cacos de ossos vidrados no chão frio e quente. Me sinto chorar por dentro, pelo corpo inteiro, minha cabeça parece não suportar embora esteja gigante. Sou alma sozinha vagando na escuridão depois de uma guerra de corpos e carnes.

Sou filha da dor e da separação, sou filha de mim. Sei que sou linda. Sou novamente erva daninha. Preciso dormir, descansar de mim. Estou no limite do meu eu. Sei que preciso arrancar de mim esses pedaços podres, mas a cada dia eles são mais e maiores e tomam meu corpo quase todo. Sou vida sem vida, ar, arte. Sou morta viva em pé. Sou eu de novo com as dores do passado presente. Estou cansada de me ver assim, sem música.

Ontem eu era pisca-pisca, hoje sou lâmpada apagada, sem luz e sem cor.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Quero Viver (02/12/2010)

Caneta, caneta, por favor, preciso escrever, preciso comer o meu pão de cada dia, me alimentar dessas palavras... agora me sinto suja, podre não, suja. Suja de algo, de um sentimento que precisa ser lavado de mim, de minhas entranhas, de minha alma. Como disse K, preciso me libertar de ser o que sou e sentir o que eu sinto. Me libertar de ser podre. Vou tentar, melhor, vou conseguir. Vou respeitar mais e mais. Vou entender, respirar fundo, contar até dez, melhor, até mil se necessário for e vou principalmente refletir. Refletir sobre as minhas ações e palavras ditas e não ditas. Refletir até sobre o que sinto. De hoje em diante, vou sentir cada vez menos rancor, raiva, vou ser mais e mais compreensiva, amorosa, educada. Cansei de achar que posso mandar alguém ir tomar lá.

Tô triste hoje, acho que fui muito dura com ela. Eu senti que doeu nela todas as minhas palavras de gelo, de tristeza, de dor. Não deveria ter mostrado, deveria ter me escondido um pouco mais. Quero me libertar desse passado que ainda está iompregnado de mim e eu dele. Quero tirá-lo de minha pele, minhas roupas, minha vida. Esquecer que fiz parte dele e ele de mim. Queria agora morrer de um veneno confortável. Que não mate doendo, apenas mate. Mate de mim tudo que não presta, tudo que me suja, tudo que me faz feder.

Às vezes não entendo porque me sinto assim a cada vez que volto lá. Aquele lugar, seja ele onde for, me faz mal, muito mal. Esse lugar é fedido úmido e escuro. Sem vida, sem voz. Esse é o passado que agora pretendo enterrar. Enterro junto com ele, todas as coisas, palavras, tudo de ruim que sinto. Quero simplesmente esquecê-lo. Arrancá-lo do meu coração. Quero novos sentimentos, mesmo que esses sentimentos sejam velhos conhecidos. Quero eles de cara e roupa nova. Quero vida nova, de passado enterrado, à sete palmos? Não, é pouco, à no mínimo 200 palmos de terra abaixo, para que eles não tenham o direito de voltar. Quero vida nova, ano novo, paz, amor e segurança. Quero alegria e criança correndo pela casa... quero grito de menino brincando, quero alegria de filho no colo. Quero beijo de mãe no meio da noite... quero só você perto de mim. Perto e mais perto do meu coração. Quero vestido de noiva entrando na Igreja, seja ele branco, amarelo, rosa ou azul. Quero brincos nas orelhas e rosas vermelhas nas mãos, tem que ser vermelhas e não rosas. Quero gritinhos de adolescentes na rua ao ouvir a música preferida. Quero casa no campo, assim como Elis Regina um dia também quis. Quero vida.

Pronto, vou falar: Quero todas as minhas ilusões. Falei! Quero mesmo. Cansei de ser adulta, quero mais é ser criança e tomar banho de chuva para lavar o cabelo e a alma com a água da bica. Quero paz e sossego no meu coração. Quero energia boa como a de K. Eu quero amar e amor e nada mais.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Seus Escritos A. D. (02/12/2010)

Queria mais uma vez ler seus escritos, escritos mágicos, escritos com uma caneta cheia de uma magia sua, apenas de sua caneta. Caneta que tem a sua tinta, não a minha, tão óbvia, mas a sua, subliminar, doce, de cores suas, mesmo que essas cores jamais existam nos seus sentimentos. Nos meus sim.

Quero mais uma vez ser pintada por você, nas linhas do seu papel colorido sem cor, com suas palavras cheias de você. Você me desenhando. Queria comer da sua boca e arrotar suas palavras.

Menina Mulher A. D. (02/12/2010)

Como não escrever para você que me lê, me sente e infinitamente me devora sem dentes. Você que me sente assim... plenamente... com um sentimento seu, que também é meu. Você tão mulher num corpo de menina. Você tão você, cheia de características também minhas. Eu que não sei definir se sou mulher ou menina.

Me sinto mulher, me sinto menina. Me sinto eu e você, me sinto um sem fim de coisas que não sei descrever. Me sinto ser e sou. Me sinto infinita num mundo de idéias que são minhas e não são. Só sei de uma coisa. Não sei quem sou e continuarei não sabendo até que um dia, eu me descubra. E você também.