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Sou alguém assim, quase sem definição, nem grande nem pequena, sou do tamanho certo, a minha cor é da cor que o dia me pinta...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Menina dos Caracóis R. (escrito em 12/11/2010)

Como queria ter seus olhos verdes serenos. Olhos meigos cheios de amor, caridade, bondade, verdade e medo. Medo de ser quem não é. Medo de sentir o que não sente e por não sentir, tem medo.



Queria ter, não o seu medo, mas talvez o seu ser, simplesmente ser. Ser seu pai, tão presente pai, mãe de acalento. Queria ser a sua vida, sua alegria, seu sorriso, sua pureza e divindade. Queria às vezes ser você. Entender como você. Ver as coisas que vejo como você me fala que vê.



Pessoa ingênua, adulta, menina de sonhos. Que vê a família como família, o pai como pai, a mãe como a mãe, a irmã como irmã e não o pai como filho. Que vê o mundo como um lindo lugar. Lugar onde ainda se pode semear sementes de sonhos que nascerão ao amanhecer. Mulher tradicional que nasceu para casar, viver e ser feliz para sempre. Sempre como nunca existiu, nem mesmo nos contos de fadas. Mas um mundo onde você inventa o seu conto e me conta.

Como é lindo o seu sorriso puro, tão puro da pureza divina que poucas pessoas conseguem ter, eu então, jamais terei, sou impura demais, perto dos seus olhos verdes, eu sou apenas eu, com todo o lodo que me cobre a face. Com toda a sujeira que me assola o corpo, a alma e o pensamento. Você é tão linda de alma pura e caracóis dourados na cabeça e eu sou apenas eu, perto de você, sou quase nada. Menina singela...

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