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Sou alguém assim, quase sem definição, nem grande nem pequena, sou do tamanho certo, a minha cor é da cor que o dia me pinta...

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Pedaço (escrito em 16/11/2010)

Hoje, por um segundo, um único segundo, eu queria morrer, não mais viver neste mundo de desilusões profundas de onde venho, de onde sou com todas as miudezas do meu ser. Os detalhes mais íntimos do meu ser são seus, vêm de você. Mas como posso eu, tão menina, tão humana, ser parte de você. De um ser tão obscuro e tranparente.

Você me deixa confusa, sem saber se devo ou não, viver, morrer, sei lá... mas, quem é você afinal, conflito meu. Hoje, você que me deu a vida, com a mesma intensidade, arrancou ela de mim. Sem pena de me ver morrer. Às vezes acredito que você definitivamente não vale a pena, nem a vida, nem a morte, nem amor, nem ódio, você vale apenas a pena, piedade que sinto por você, nada além disso.

Às vezes me pergunto se não deveria somente te esquecer, apagar você de mim, da minha vida. Monstro com cara de anjo. Anjo sem coração, sem limite talvez. Afinal, o que é você e o que você é? Pedaço escuro da minha alma. Pedaço de mim que não chora, não sofre, não sente, pedaço que não ama. Pedaço, apenas um pedaço sem jeito. Pedaço errado, pedaço podre, que fede, parte maldita.

Você meu inferno... não só meu, mas dela também, ela que quis ser seu céu, sua vida, seu prazer, mas que teve de você apenas o desgosto e o gosto amargo dos seus lábios. Ela que de presente ganhou apenas o lodo do seu coração de lama, sem vida, sem dor, sem amor. Pedaço ínfimo de mim.

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