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Sou alguém assim, quase sem definição, nem grande nem pequena, sou do tamanho certo, a minha cor é da cor que o dia me pinta...

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Secadores (escrito em 21/11/2010)

Ao som dos secadores, embaixo dos cabelos crespos, lisos, ondulados, grossos e finos, ouço histórias... histórias de mulheres amadas e felizes, mal amadas, infelizes, histórias, histórias de mulheres. Mulheres dignas e indignas, histórias até de putas e prostitutas, com todo respeito que tenho às mulheres. Histórias de mulheres traídas pelas putas, sentadas na mesma cadeira, mulheres e amantes... ouço histórias, estórias, desabafos... ouço histórias de mulheres...

Mulheres que amam demais, mulheres que não amam, histórias de mulheres que não são amadas e daquelas que pensam ser amadas, mas não são, mas são mulheres. Ouço inclusive, histórias de meninas... meninas quase mulheres, mulheres que ainda são meninas, meninas que se recusam a ser meninas, mas meninas. Às vezes maduras, às vezes só meninas que brincam até com seu próprio coração pensando estar brincando com o coração alheio. Meninas e mulheres que choram suas dores em frente ao meu espelho.

Os secadores cantam e contam histórias, íntimas e alheias, soprando ao meu ouvido de ouvir, somente ouvir. Mas eles não se limitam a isso, contam também as minhas histórias para elas, elas lá, sentadas, me olhando e se olhando, rindo ou chorando, vivendo... só vivendo... vivendo o quê?

Vivendo sim, uma história, a sua história, a minha história, vivendo histórias, apenas histórias, infinitas, histórias de mulheres...

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