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Sou alguém assim, quase sem definição, nem grande nem pequena, sou do tamanho certo, a minha cor é da cor que o dia me pinta...

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Pais (21/11/2010)

Escrever sobre pais e sobre homens é algo que dói em minha alma, não sei se posso definir o que é um pai depois de tudo que tenho vivido nos últimos dias.

Pais, coisas boas ou ruins? Pai, ter ou não ter? Que opção seria a melhor? O que na verdade significa ser pai? Não sei descrever, ser pai é dar comida? Dinheiro? Aliás, ser pai é ter dinheiro? Ou afeto? Afeto sem comida na mesa? Ou comida farta e pancadaria no quarto?

Poxa, me explique quem conseguir, quem tiver um pai, porque o meu morreu e nem sequer se apresentou a mim de alma lavada e cara limpa. Até hoje, eu só consegui ver uma máscara daquilo que jurava ser um rosto.

Infelizmente, esse rosto, ele não existe, é apenas uma farsa daquilo que se quer, ou até tenta ser, mas não é, e acredito eu, com toda a minha desesperança, jamais será. Não sei se devo ou não ter saudade, chorar a sua morte, apanhar para mim a sua pesada cruz. Quem é você porra!!! Como eu queria agora olhar dentro dos seus olhos e ver você, mas eu não consigo, você se esconde de mim.

Como eu queria te odiar, mas eu só consigo te amar, amar e amar muito mais do que a capacidade humana consegue alcançar, mas juro, por tudo que há de mais sagrado entre o céu e a terra que eu queria te odiar com todas as forças do meu fraco coração, te odiar com todas as minhas veias, com o meu sangue, com todas as lágrimas que já chorei por você. Queria te odiar, somente e apenas odiar você que amo, odiar o amor que sinto por você imperfeito como é...

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