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Sou alguém assim, quase sem definição, nem grande nem pequena, sou do tamanho certo, a minha cor é da cor que o dia me pinta...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Alma Gêmea (escrito em 19/05/2010)

Ontem eu chorei... chorei por você meu caro amigo que se foi, e quando digo caro, é caro mesmo, porque não há nada no mundo que pague a dignidade que há em você, as coisas que só você do seu jeito conseguiu me ensinar.

Chorei pela história que construímos juntos no terreno do ontem, pelas nossas dores, angústias e alegrias que só tivemos ontem, daquele nosso jeito de ontem que hoje não é mais possível... os corações, ah... esses de hoje são outros... mas chorei sim por você e chorarei quantas vezes mais tiver vontade, sem vergonha de chorar a minha dor mais gostosa e mais prazeirosa de se ter que é essa saudade que só eu tenho e só eu terei por você, porque só eu vivi com você aqueles bons momentos. E choro também por mim, porque mudei, eu também deixei de ser aquela que fui, eu também me perdi de mim, ou me encontrei talvez, de outra forma, mais madura ou menos infantil, quem sabe...

Choro também por uma dor sem remédio, a dor de não poder voltar no ontem e te gastar mais um pouquinho, de amanhecer aquela noite contigo rindo de nós e de anoitecer aquele dia que tivemos juntos.

 Como queria ter você aqui de novo e agora você está lá, lá bem longe, longe de mim e cada vez mais longe, longe do nosso ontem, longe de tudo que vivemos. Cadê o nosso céu? Aquele que nós compramos e pagamos! Aquele céu dos nossos mais lindos devaneios. Cadê você meu amigo amor que me ensinou a gostar das melhores coisas que conheço hoje, dos melhores livros às mais belas músicas... você me ensinou a admirar o pôr do sol, tão simples pôr do sol, só você me fez ver as belas árvores de minha viagem diária e todos os dias faço questão de olhá-la por você, só pro você...

Sabe, meu precioso amigo, desde ontem que a saudade de você está doendo, como queria abraçá-lo, vê-lo, tocá-lo, enfim, acariciar a sua alma, afagá-la como a uma criança, é pena que o tempo passa e não volta e nós também não voltamos, infelizmente, somos escravos sufocados a cada dia pelo tempo, horas, minutos, segundos e até milésimos, sem falar nos dias, meses, anos... tempo cruel e fugaz... tempo sem você... saudade... saudade do ontem, nosso ontem feliz...








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