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Sou alguém assim, quase sem definição, nem grande nem pequena, sou do tamanho certo, a minha cor é da cor que o dia me pinta...

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Bíblia ( escrito em 17/09/2010)

Hoje me aconteceu um episódio interessante... Estava eu no ponto onde costumo esperar o ônibus diariamente, (sendo que na verdade não se trata de um ponto de ônibus, mas de um pequeno mercado de uma senhorabem simpática, digo senhora, por já não ser moça, mas não por ser senhora), onde às vezes encontro casualmente um senhor evangélico, cujo nome nem sei. Esse senhor é um desses senhores bem evangélicos e bem fanáticos que gosta de distribuir palavras bíblicas por aí, distribuir bêncãos como dizem eles evangélicos.

Hoje quando cheguei, ele logo despejou em mim todas as palavras de bênçãos que julgou necessárias para que eu aceitasse em minha vida o senhor seu Deus. Mas o que acontece, na verdade, é que eu nem sequer tenho paciência com essas pessoas, porque acho desnecessáro que tantas palavras ou bênçãos bíblicas sejam jogadas ao vento, além do mais, acredito eu que essas palavras devem ser distribuídas no momento e lugar oportunos.

Mas hoje foi diferente, depois de derramar em mim todas as palavras bíblicas, ele saíu, atravessou a rua e entrou numa pequena loja de conveniências que fica do outro lado da pista. Demorou por volta de dez minutos antes de voltar, ao retornar, trouxe em suas mãos um pequeno embrulho e me entregou, antes mesmo de abrir, eu já sabia do que se tratava, mas ele fez questão que eu abrisse. Abri o embrulho para não fazer desfeita, ao abrir, nem me assustei, era exatamente o que havia pensado: uma BÍBLIA. Ele fez questão que eu fizesse a leitura de uma passagem para ele, (isso, sem contar a empolgação dos outros presentes, principalmente do filho pequeno da dona do estabelecimento que gritava freneticamente: "glória a Deus!!!", "aleluia!!!" ...), fiz o que ele me pediu, meio sem graça até.

Durante a viagem, pensei muito a respeito do que aconteceu, cheguei a me comover, porém, não gostei, não é do presente que falo, mas da forma como fui presenteada. Um estranho me presenteou, não gosto de estranhos... estranhos são sempre estranhos...






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